Zumbi dos Palmares: a luta contra o racismo

ESCOLA: Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Getúlio Vargas SÉRIE/TURMA: 8º ano ALUNO(A): Sarah Lana Cabral Garcia

Zumbi dos Palmares: a luta contra o racismo

Zumbi, do quilombo dos Palmares, símbolo da resistência negra à escravidão, nascido em 1655, veio de um povo de tradições militares com grandes guerreiros. Foi casado com Dandara, guerreira e estrategista militar que lutou ao seu lado e cuja história é pouco difundida. A palavra "Zumbi" ou "Zamba", nome adotado pelo herói, é de origem "Quimbunda", e faz alusão a seres espirituais.

Zumbi, aos seis anos, foi aprisionado pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e foi entregue aos cuidados do Padre Antônio Melo, em Porto Calvo. Foi batizado com o nome "Francisco" e recebeu uma educação afetuosa. Aprendeu português e latim, além do catecismo para ser batizado na fé católica.

     Aos 15 anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo de Palmares. Alguns anos se passaram, Zumbi ganhou notoriedade ao defender Quilombo do ataque das tropas portuguesas. Nessa batalha, demonstrou suas habilidades de guerreiro jaga. Com 25 anos de idade, Zumbi desafiou seu tio, em 1680, assumiu o lugar de Ganga Zumba como líder de Palmares. Sua atitude era de enfrentamento diante do governo colonial. Dessa forma, os líderes portugueses contrataram os serviços  dos Bandeirantes Jorge Velho e Bernado Vieira de Melo. Em 1694, eles lideraram o ataque que destruiu a "cerca do macaco", capital de Palmares. Destruíram-na completamente e feriram seu líder, Zumbi, que conseguiu fugir. 

    Sua morte ocorreu em 1695, no dia 20 de novembro. Zumbi foi delatado por um de seus capitães, Antônio Soares, e morto pelo capitão Furtado de Mendonça. Após derrotar e matar Zumbi, o capitão foi premiado com cinquenta mil réis pelo monarca D.Pedro II de Portugal. Sua cabeça foi cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro, e foi exposta em praça pública a fim de acabar com o mito da imortalidade de Zumbi dos Palmares. Ele lutou pela liberdade de culto e região, bem como pelo fim da escravidão colonial no Brasil. Apesar disso, esse líder também ficou conhecido  pelo rigor excessivo com que administrava Palmares, onde, segundo algumas hipóteses, haveria um tipo mais ameno de escravidão. Esse fato causa polêmica pela contradição e gera discussões sobre a legitimidade de sua figura permanecer como símbolo de resistência contra a escravidão. A data de sua morte foi adotada como o Dia da Consciência Negra.

 O índice de racismo no Brasil é preocupante. De acordo com dados da pesquisa Percepções sobre o racismo no Brasil, realizada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica, mais da metade dos brasileiros declarou já ter presenciado um ato de racismo. Já a outra metade considera, sem nenhuma ressalva, que o Brasil é um país racista.

Para combater o preconceito em nosso país, é necessário agir. Quem sofre racismo enfrenta obstáculos concretos no acesso a bens, serviços e direitos, além de problemas psicológicos gerados por problemas de aceitação e baixa autoestima.

O racismo é um grande problema na sociedade. Ele se manifesta de diversas maneiras, seja no mercado de trabalho, na violência policial, entre outras. A educação antirracista é fundamental nesta luta, que não se limita às pessoas negras, mas se estende àqueles que desejam uma sociedade justa com respeito e igualdade. Denunciar e intervir em situações de racismo ou injúria racial é essencial, pois o silêncio não combate o preconceito.

Sarah Lana Cabral Garcia, 8º ano Ensino Fundamental