Sobre o dia internacional da mulher
O 8 de março é uma data simbólica de luta das mulheres, data reconhecida internacionalmente, ainda que não seja um feriado oficial no Brasil. Sabe-se que existe uma trajetória do movimento feminista que está diretamento ligado as conquistas nas mulheres ao longo do mundo, mas reflito aqui a situação atual do Brasil. Segundo o IBGE quase metade das família brasileiras são chefiadas por mulheres e mesmo assim cerca de 8,5 milhoes de mulheres perderam seus empregos durante a pandemia. E se falando em mulher recebemos os salários mais baixos, ocupamos poucos cargos de chefia, e segundo o FEM (Fórum Eonômico Mundial) são necessários ao menos 136 anos para a conquista de igualdade entre homens e mulheres no mundo.
Afunilando estas questões o que se pode pensar quando se trata de mulheres negras e periféricas? Principalmente quando se trata da região sul do país estas questões ficam mais evidentes pelo “teste do pescoço”. Se olharmos dados do IBGE ou do Mapa da Violência, nos visualizamos como a parte mais “marginalizada” da população gaúcha, com menos acesso a educação, saude e trabalho, entre outras questões que geram um amplo debate. Esse tem sido também o motivo de, princiapalmente na pandemia, vermos tantas mulheres empreendendo em busca da garantia dos seus e de sobrevivência.
Que nesse dia se faça uma reflexão do passado, dos avanços alcançados e dos caminhos que serão necessários percorrer. Que possamos nos olhar e olhar pras nossas mulheres com mais empatia, que nossa união seja força motriz para que conquistemos muito mais. Como gosto de dizer e você já deve ter ouvido “uma sobe e puxa a outra”, sendo um pacto silencioso de apoio mútuo. Feliz dia Internacional da Mulher.
Luana Caroline da Silva/ Movimento 4Black